Atualização: Resenha de Rocine

Bom, depois das minhas resenhas sobre a gramática de Rocine (veja a primeira aqui), decidi usá-la com meus alunos esse ano no IBEL. É claro que tivemos contra-tempos, como creio que toda instituição de ensino tem esses dias, mas conseguimos terminar o primeiro semestre.

Aqui está o remanescente dos alunos (tínhamos outros dois que não puderam comparecer no dia da foto). Não sei se a felicidade deles aqui registrada se deve ao aprendizado da língua ou à conclusão do semestre, mas imagino que a primeira opção está correta.

Segue abaixo então: 1) um resumo das aulas e da nossa experiência, 2) o bom, 3) o ruim, 4) o feio e 5) uma reavaliação da gramática de Rocine?

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Resenha: Hebraico Bíblico, parte 1 (ou, como descobri que ainda não tínhamos inventado a roda…)

*Nota: para não reinventar a roda, copiei algumas coisas que já coloquei numa resenha um pouco mais formal que enviarei para a Fides Reformata. Mas essa resenha aqui no blog foi bem mais divertida de se escrever!

Algumas pessoas às vezes me perguntam, “Danillo, gostei das suas vídeo-aulas. Quando você vai publicar sua gramática de hebraico?”

Não é por preguiça, mas por desânimo, que não quero publicar mais uma gramática de hebraico. Não tenho muito interesse na multiplicação de gramáticas de línguas bíblicas. Em geral, minha resposta tem sido, “Pra quê? A roda já foi inventada e já existem várias gramáticas boas de hebraico em português, algumas delas traduzidas e outras até mesmo escritas por brasileiros. Não vejo necessidade de reinventar a roda. Mesmo que eu tenha algumas diferenças com essas gramáticas, é só usar a roda já inventada de uma forma um pouco mais eficiente. Não acho necessário escrever uma gramática nova.”

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Como usar o hebraico para preparar um sermão, parte 1

Você já teve uma fratura exposta? Já viu em outra pessoa? Aposto que naquele momento, ninguém parou para observar a beleza branca do osso exposto, nem para admirar a elegância da estrutura óssea, muito menos para ponderar a perfeição do esqueleto humano. Naquela hora, talvez alguns desmaiaram, outros ligaram para o hospital, certamente alguém gritou, mas ninguém disse, “que osso bonito você tem!”.

Só de ver isso já me dá arrepios!

Da mesma forma, como já enfatizei nos posts anteriores desta série, o hebraico deveria ficar escondido, por trás da superfície e do corpo do sermão que você apresentará à sua congregação. Assim como o esqueleto serve como uma estrutura sólida sobre a qual os músculos, órgãos e pele se ajeitam, o hebraico e grego formam o suporte de todo o seu sermão. Mas não permita que esse esqueleto seja exposto à congregação!

Contudo, precisamos sim de um esqueleto, e um esqueleto forte, sobre o qual carregaremos o peso das palavras de Deus à congregação. Assim, no post de hoje, quero desenvolver algumas dicas de como usar o hebraico na preparação de um sermão.

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Como usar o hebraico no sermão

O pregador piedoso sabe que é uma grande bênção poder pregar a Palavra do Senhor. Todavia, isso é ao mesmo tempo uma responsabilidade enorme. De fato, ao dizer “assim diz o Senhor”, transmitimos a vontade de Deus ao seu povo. E ai de nós se colocamos mentiras na boca do Deus verdadeiro! Afinal, “o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto” (Deuteronômio 18.20).

Foi por meio de homens que tiveram esse cuidado com a Palavra de Deus que muitos de nós viemos a ouvir e a crer o evangelho. Logo, espero que você, pregador, almeje dar a mesma atenção à Palavra de Deus na sua pregação como outros gigantes do passado o fizeram!

PúlpitoGeneva
O púlpito de João Calvino
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Como NÃO usar o hebraico no sermão, parte 2

Como seres humanos, conseguimos comunicar uns com os outros. Contudo, essa comunicação acontece por meio de uma linguagem que temos em comum. Muitas vezes, ao inserir uma palavra estranha numa frase, você torna o significado obscuro. Por exemplo, eu falo inglês e português, mas nem por isso vou inserir uma phrase in English no meio de uma frase em português, não é? Isso não faz sentido… Da mesma forma, muitas vezes percebemos inserções de grego e hebraico em sermões que são verdadeiros obstáculos à compreensão do mesmo.

Nesse post, continuamos a falar sobre usos do hebraico que devemos evitar nos nossos sermões (veja aqui o post anterior sobre o mesmo assunto). Afinal, não queremos repetir o erro de Calvin na tira abaixo!

CalvinHobbes
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Como NÃO usar o hebraico no sermão, parte 1

Tenho um filho de três anos de idade que adora estórias. Uma de suas estórias favoritas é a de Chicken Little. Aliás, refiro-me à fábula de Chicken Little, não o filme (que tem pouco a ver com a fábula original). Nessa estória, uma bolota cai de uma árvore na cabeça de Chicken Little, que imediatamente corre a todos os outros pássaros que ele conhece e diz, “O céu está caindo! O céu está caindo!” Sua empolgação acaba incitando todos os outros pássaros ao pânico – é o fim do mundo! No seu pânico, os pássaros deparam com uma raposa astuta, que os leva à sua casa com promessas de segurança, onde sua família está pronta para o banquete!

Moral da estória: uma empolgação equivocada pode matar!

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Tem pouca coisa melhor no mundo do que os filhos sentarem no seu colo para ouvir uma estória!

De forma semelhante à empolgação de Chicken Little, é fácil ficar tão empolgado com o hebraico (ou com noções erradas do hebraico) que levamos nossas congregações a erros graves na sua caminhada com Cristo.

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