Você já imaginou como seria falar com Deus face a face? Creio que todos já pensamos nisso ao menos uma vez na vida, não? Quando leio textos como Êxodo 3, tento me colocar no lugar de Moisés, ali, diante de Deus, ouvindo sua voz, sentindo fisicamente sua santidade e, pela primeira vez na história da humanidade, ouvindo o nome de Deus!
Grande parte dos meus esforços exegéticos são para me aproximar mais a Deus através de sua palavra, a chegar o mais próximo o possível de conhecê-lo. Espero que o post de hoje possa te ajudar a fazer o mesmo!
Talvez quando você aprendeu sobre o verbo imperfeito em hebraico, teu professor te disse, “Em geral, traduza o verbo imperfeito como um verbo futuro”. Aliás, muitas gramáticas chamam o imperfeito de “futuro”. Realmente, a grande maioria dos verbos imperfeitos em hebraico são verbos que expressam uma noção de tempo futuro, embora seja possível que expresse também um tempo presente ou passado. No entanto, independentemente do tempo do imperfeito, ele normalmente expressará um aspecto … bom, imperfeito. Isso quer dizer que o verbo imperfeito expressará uma ação que é incompleta. Em português, por exemplo, temos as conjugações “pretérito perfeito” e “pretérito imperfeito”, não é? Veja só abaixo:
Pretérito perfeito: “Naquele dia, fomos à praia pela primeira vez.”
Pretérito imperfeito: “Naqueles dias, íamos à praia todos os dias.”
Da mesma forma, o verbo imperfeito em hebraico geralmente expressa uma ação contínua, não uma ação determinada.
O que acontece então, quando nossas bíblias traduzem Êxodo 3.14 das maneiras que vemos abaixo?
Meus amigos e minha família sabem que tenho um gosto para música um tanto quanto… peculiar. Para os propósitos deste post, uma música em particular me vem à mente – Ya Hey, do álbum Modern Vampires of the City (em minha defesa, esse álbum ganhou um Grammy em 2014!). A canção e na verdade todo o álbum diz respeito às dúvidas em se acreditar em Deus. O tom da música é agnóstico com tendências ateístas, mas mesmo assim, o cantor toma os “devidos cuidados”, como se dissesse, “se Deus existe mesmo, não quero que ele me castigue por minha blasfêmia”. Um exemplo disso é que ele toma cuidado em dizer “Ya Hey” em vez de dizer “Yahweh”, que seria uma pronúncia do nome de Deus e possivelmente uma quebra do terceiro mandamento.
Fotografia da poluição em Nova Iorque em 1966 que foi utilizada para a capa do álbum Modern Vampires of the City
Mas afinal de contas, de onde vem essa pronúncia – “Yahweh” – e por que não vemos esse nome de Deus nas nossas bíblias?